sábado, 15 de dezembro de 2007

paineis solares



O aproveitamento dos recursos naturais e a poupança energética são fundamentais para mantermos o actual nível de qualidade de vida. Para isso há que investir nas energias renováveis virtualmente inesgotáveis como o sol, o vento e a água. A vantagem resulta de não serem poluentes e poderem ser exportados localmente. Reduzem a necessidade de importação de energia ou seja, atenua a dependência energética relativamente aos países produtores de petróleo e gás natural, já que em Portugal não dispomos de recursos energéticos fósseis, o aproveitamento das energias renováveis deveria ser um dos objectivos primordiais da política energética nacional.
O sol é uma poderosa fonte de vida e energia. Emite 4000 vezes mais energia sobre a terra do que aquela que consumimos. Em Portugal dispomos de 300 dias de sol por ano, um privilégio que bem administrado pode beneficiar a nossa economia e saúde.
Com este mecanismo, já que a energia é gratuita não justifica pagar elevadas contas pelas energias convencionais (gás e electricidade) pois o seu consumo fica reduzido. O correcto dimensionamento e uma boa utilização fazem deste sistema um investimento amortizado em pouco tempo. Ainda que dispendioso na instalação deve ser aproveitado em benefício do nosso ecossistema.



A energia solar térmica ou energia termodinâmica, consiste no aproveitamento da energia do sol para produzir calor aproveitado para a produção de agua quente destinada ao consumo de agua doméstica, agua quente sanitária, calefacção. Pode ser adicionada ao sistema uma máquina de refrigeração para alimentar pela absorção, que emprega calor em lugar da electricidade para produzir frio com que se pode acondicionar o ar da produção de água quente para usos sanitários. Além do sector doméstico, existem também aplicações de grandes dimensões, nomeadamente em piscinas, recintos gimnodesportivos, hotéis e hospitais. Também o sector industrial é susceptível de utilizar sistemas solares térmicos, quer para as aplicações acima mencionadas, quer quando há necessidade de água quente de processo a baixa ou média temperatura.

Este tipo de sistemas capta, armazena e usa directamente a energia solar que neles incide. Os edifícios constituem um bom exemplo de sistemas solares passivos. Um edifício de habitação pode ser concebido e construído de tal forma que o seu conforto, a nível térmico, no Inverno e Verão, seja mantido com recurso reduzido a energias convencionais (como a electricidade ou o gás), com importantes benefícios económicos e de habitabilidade. Para isso, existe um grande número de intervenções ao nível das tecnologias passivas, desde as mais elementares, como sejam o isolamento do edifício e uma orientação e exposição solar adequados às condições climáticas, a outras mais elaboradas, respeitantes à concepção do edifício e aos materiais utilizados. Em muitas dessas intervenções o sobrecusto relativamente a uma construção sem preocupações energéticas é mínimo. Em situações em que esse sobrecusto é maior, ele é facilmente recuperado em economia de energia e em ganhos de conforto.



Para gerir água quente para usos sanitários, há dois tipos de instalações: as de circuito aberto e as de circuito fechado. Nas primeiras, a água de consumo passa directamente pelos colectores solares. Este sistema reduz os custos e é mais eficiente (energeticamente), pois apresenta problemas em zonas com temperaturas debaixo do ponto de congelação da água, assim como em zonas com alta concentração de sais que acabam obstruindo os painéis.
Muito conhecidos são os equipamentos domésticos compactos, compostos tipicamente por um depósito de 150 litros de capacidade e dos colectores de 1 metro quadrado cada. Estes equipamentos, disponíveis tanto como circuito aberto como fechado, podem administrar 90% das necessidades de agua quente anual para uma família de 4 pessoas, dependendo da radiação e o uso. Estes sistemas evitam a emissão de ainda 4'5 toneladas de emissões de gases nocivos para a atmosfera. O tempo aproximado de retorno energético (tempo necessário para poupar a energia empregada em fabricar o mecanismo) é de um ano e meio aproximadamente. A vida útil de alguns equipamentos pode superar os 25 anos com um consumo mínimo, dependendo de factores como a qualidade da água.
O habitual encontrasse com instalações em que o acumulador contem uma resistência eléctrica de apoio, que actua em caso do sistema não ser capaz de alcançar a temperatura de uso (normalmente 40ºC). Em alguns países são comercializados equipamentos que utilizam o gás como apoio.
As características construtivas dos colectores respondem à minimização das perdas de energia uma vez acalentado o fluido que corre pelos tubos, que se encontram aislamientos a la condução (vazio u outros) e a irradiação de baixa temperatura.
Además de su uso como agua quente sanitária, calefacção e refrigeração (mediante máquina de absorção), o uso de placas solares térmicas (geralmente de materiais baratos como o polipropileno) tem proliferado para o calentamiento de piscinas exteriores residenciais, em países donde a legislação impede o uso de energias de outro tipo para este fim.
Em muitos países há subvenciones para o uso doméstico de energia solar, em cujos casos una instalação doméstica pode amortizar-se em uns 5 ou 6 anos. Em 29 de Setembro de 2.006 há entrado em vigor em Espana a obrigatoriedade de implantar sistemas de água quente sanitária com energia solar em todas as novas edificações, com o objectivo de cumprir com o protocolo de Kioto.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

3R? - garrafas Pet


A arquitectura actual dos nossos dias procura ser o mais ecológico. A escolha de materiais alternativos revela-se inovadora. As garrafas Pet são um elemento de construção que tem vindo a ser reutilizado ainda muito em modo de experimentação para edifícios de habitação evitando os recursos naturais (tijolo). Introduzi-las na política dos 3Rs parece-me ser interessante para o caso. Este é um processo sequencial que visa à diminuição dos resíduos, um caminho para produzirmos menos lixo. Devemos então pô-los em prática aos três: Reduzir, Reutilizar e reciclar.
As garrafas de plástico representam um grave problema ambiental, uma das maiores preocupações dos ambientalistas, já que o mundo produz em torno de 7 milhões de toneladas ao ano desse plástico e cerca de 500 milhões de garrafas se transformam em toneladas de lixo, capazes de entupir bueiros, bloquear galerias pluviais e cobrir aterros sanitários. O tempo de desintegração de cada garrafa é de aproximadamente 400 anos e o número de garrafas despejadas cresce a cada ano. Ao optarmos por reduzir estas embalagens estamos a contribuir para o nosso bem-estar que têm vindo a ser ameaçado desde 1988, ano em que surgiram as garrafas pet como opção leve e barata às pesadas garrafas de vidro. Pena não terem sido na altura tomadas medidas de reutilização e reciclagem das mesmas. Apresento a seguir exemplos de reutilização e reciclagem destes resíduos sólidos.
Numa casa de 22m2 utilizaram-se garrafas cheias de areia. Trata-se de um T1 com electricidade e água canalizada. Foram utilizadas 10 mil garrafas, barro, cimento e areia na junção. Garrafas cheias de água funcionam como clarabóia, calhas em bambu fazem o escoamento das águas pluviais, os interruptores são camuflados nas tampinhas da parede, uma box de garrafas vazias garante a privacidade no banheiro. O chão foi feito em cacos de cerâmica o que garantiu um belíssimo mosaico de pedra. Em caso de incêndio a areia no interior das garrafas apaga o fogo do plástico.
Outra forma de reutilização para as garrafas é cortá-las na base e encaixá-las umas nas outras sobre um molde antes do preenchimento com argamassa e cimento fabricando deste modo painéis pré-fabricados (imagem ao lado). Deste modo as instalações hidráulicas e eléctricas são facilitadas e as canalizações são embutidas antes da finalização.


Outra função para as garrafas é a fabricação de tijolos. Combinação individual de Pet com cimento (figura em baixo). Optou-se pelas de 600 ml por serem mais compactas e resistentes. Embutindo três garrafas, monta-se um monobloco plástico que foi envolvido por uma camada de um centímetro e meio de cimento, dentro de uma forma de madeira. Revelou-se um tijolo de paredes lisas, com saliências e reentrância laterais para encaixe de outros tijolos (dispensa cimento nas ligas) e basta uma camada leve de argamassa para deixar a parede em condições de receber a pintura final.. Não pode porem ser empregue como bloco estrutural. Também não sofre nenhuma dilatação no interior do tijolo mesmo quando este é colocado à prova com maçarico a 75º, temperatura limite para despolimerização da resina. O sol não consegue propagar o calor através da parede, nem o som.

No fim de vida útil de cada habitação o betão pode ser reciclado tendo uso para betões secundários ou bases de auto-estradas etç. As garrafas Pet são totalmente recicláveis, mesmo a barreira contra o oxigénio pode ser separada do Pet até cerca de 89%. Os 11% restantes são facilmente dissolvidos no Pet em processo normal de reciclagem, podendo ser reutilizado em embalagens, produtos têxteis e na construção civil.
O método de reciclagem permite transformar plásticos em tijolos resistentes. O que consegue gerar residências resistentes ao fogo e com boa durabilidade. A máquina inventada por Gimenes, desenvolvida a partir de experimentos Belgas, permite reaproveitar integralmente todo o tipo de plásticos. Moí o plástico, que é prensado e vira matéria-prima para a fabricação de tijolos e barras de plástico duro. A seguir basta juntar as unidades como brinquedos de montar gigantes. As paredes são duplas com caixa-de-ar no meio. As paredes permitem a colocação de azulejos. A durabilidade é a maior vantagem já que o plástico dura muito tempo. Nas coberturas é possível a criação de hortas de hidroponia utilizando a água da chuva, que realimentaria o sistema. Garantindo a alimentação para os moradores e resfriaria as casas diminuindo problemas em caso de cheias.